quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O necessário

São apenas um:
O sol, a lua, o amor.
O amor?
Há sentido buscar apenas um?
Para querer o poder?
Não há dúvidas,
numa outra forma
de se ver as coisas
[Não quero mais]
salvar alguns pedaços de mim
para desgrudar-se do galho
dar rumo a meus caminhos
sem via, sem ódio, com amor,
com amores
que só a PAZ nos dá

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Convivi com várias pessoas
Vários estilos
Muitos sabores
Troquei olhares
e sorri bastante.
Mas,
uma pessoa
me acompanhou sempre.
Risonha, graciosa,
me olhava pelo bem,
Era linda,
Especial:
Ana Luiza,
uma foto angelical.

sábado, 12 de março de 2011

Sulle scale


Tudo caminhava pra dar certo
Mas ninguém me avisava
Que você estava perto de mim
Eu não buscava isso
Naquele instante
-Como ter compromisso
Se eu nunca fui constante?
Me responde
Me entende
Você corresponde
E sempre se estende
Eu quero agora
Você diz: “Espera,
Tudo tem sua hora,
Não se desespera!”
Tem hora pra quê?
Se eu quero você,
De qualquer jeito
Sem defeito
Perfeito,
No meu peito.

Me diz sem falar
Qual a solução, meu bem
A gente sempre se aproveita
E vai mais além, do que
Eu tinha programado
Pra você
Pra mim, compreende?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Auto-sexo

O meu gostar
gosta de mim:
as orelhas,
o sexo,
os dedos,
a boca,
os olhos,
fizemos amor!
Com todos os personagens!
Uma coisa tão incrível
sem medo, sem teto, sem aliança -
É transformação e sedução
sem modelos
[só quando solicitados]

É preciso apenas
vontade e amor,
seja em qual nível for.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

No sétimo dia

Tudo foi alagado
no auge de suas emoções,
cadeiras vazias lá fora.
No escuro do meu vazio,
o resto do espaço
desenhou um caminho
por um longo tempo.
[O tempo todo de minha vida]
Por todos os poros
nenhum cheiro
sem nada lá fora.
Num mundo pronto
para a batalha final
- O que é isso, meu Deus?-
Deu por terminado seus afazeres
naquele lugar de primeira vez.
De paciência, paz, tudo
estava presente
mas estava no ar.
Trouxeram à Terra
discos voadores programáveis
dentro daquele casal,
de desejo esquecido
rumo ao infinito
com muita fome.
E vai-se um pedaço da natureza
daquela fonte de vida
feito camaleão.

O poder do supremo Sol
sabendo a importância,
quando olhou para baixo
[Sentia-se como eles]
Ele estava mudado
Para povoar este mundo
e à noite
ascendeu as luzes da cidade
e começou o diálogo
em queda livre
[em temporal]
Habitante de dois mundos
O rei
sabendo o que fazer
desvendou aos olhos de todos
sua solidão
sem gritos
apenas com o coração.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sin, Ed

E eu me lembro
me sinto tão estranha
e aprendo
tem que ser na manha
não acanha, me ganha
com seu olhar...

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Há quem ame sem gostar,
Há quem goste sem curtir
e quem curta sem aprofundar.
Alguns amam sem se dedicar,
namoram sem brincar
fazem amor sem esperar
o outro
confundem slidão com ficar
sozinho
não ri de si mesmo
e tem medo de ser
afetivo.

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Descobri que o amor
pode ser alegre
ponha a saia mais leve
e passeie de mãos dadas com o ar...

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Quando nos encontramos
na primeira vez
sorriu, no desencontro
cumpriu, o horário
do encontro
resistiu, mas acabou
me acompanhando.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A criação


Eu no topo de mim
Tu avança sobre mim
Ele alcança meu pescoço
Nós desvendamos mundos
Vós em cima
Eles em ambos os lados

Chega das posturas normais!!

Eles atacaram meu rosto
Vós descansavam
Nós éramos os mesmos
Ele dividiu-me em dois
Tu em garras
Eu e minha gente feliz.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Anjos da vida


Tudo sobre controle,
no alvo o último
que ficou pra trás:
- levantou o braço! -
Tem conteúdo
suficiente para respirar
enquanto não chego.
Tem pressa,
dispeça, impeça,
tropeça e bate
a alma no fundo
com tudo vermelho
aqui, do meu lado
Sobe e não me solte
Eu não te solto
- me deixou por lá -
nem pensar
eu nasci no mar
você também vai gostar.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vidas medíocres


Não quero ser mito
onde as pessoas
falam e desfalam,
quero ser feliz.

Não quero ser como ela,
a simpatia em forma de gente
nas intenções, nada mais,
sinto-me feliz.

Não quero ser mãe
de separação decidida
e fazê-lo dormir,
eu gosto da vida!

Não quero ser metida a estrela
me enfeitar sozinha
por trás da pele,
quero conviver com o sorriso sincero.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

o papagaio do futuro

Breakboy me lembra um vento suave e agitado
que canta vinho e goles de cerveja em portos
sem loucura definida.
Breakboy é um sol na lua da noite
que gelatinosa se espalha pela vida depois
de um dia onde a batalha pela sobrevivência
perdeu mais um round.
Breakboy é um pássaro que sonha, que bom
é bom viver.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


na cama sem os óculos, aqueles gritos, -de quem serão os gritos hoje?- chora, chora um cheiro estranho de súplica envolto numa nuvem de fumaça o gemido da carícia que se enconde.

Guardar um segredo


a palavra dura
eu não escolhi
[o eco]
para à minha porta
no vácuo -
que hoje não me encontro
no caos -
de final improvável

mas não o querem ver
antes e depois de hoje
como sangue
[não se preocupe]
virão outros

pois no escuro é permitido
[sorrir]

A fuga do real


Jogo tudo fora
me afastei de toda a vida,
amanhã recomeço.
O rosto no travesseiro,
num quarto que se abre pouco.
[É talvez um erro amarmos assim nossos parentes].
Estou solta num mundo largo,
Já não sinto piedade.
Resisto e penso
dentro de mim, bem no fundo.
[Eles dizem o caminho]
de minha vida, para restaurá-la,
como os objetos perdidos na rua.

É MUITO DIFÍCIL, MUITO!!!

Não é mais um crime, um vício, um desencanto das coisas,
mas minha vida:
Captada em sua forma irredutível
[e o sol brilha sempre].

Num triste dia

Sentadas em algumas pedras

Surgiu a primeira poesia

No doce horizonte.

Soltando fumaça e fogo pelo corpo

Por entre vales e montanhas.

Rumo ao total e absoluto desconhecido

Andamos um tanto por entre arbustos.

- Sentia-me já

Habitante deste novo mundo –

Como que costurados por raios de sol.

Abri os olhos

Na morada do solitário poeta

Que é tão distante do mar

Como a dos presos e torturados

Em suas masmorras.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Meu prazer

Hoje eu perdi meu prazer. Deitar e saber que ainda algo me faz feliz, sempre foi meu maior consolo. Mesmo se a noite foi péssima ou se o mês demora a passar, eu nunca deito com dor de cabeça e o meu sexo eu nunca recuso. E esse não foi o problema. O ócio é uma merda. Cria um estagma (o que é um estagma?) que a gente fica a mercê de tudo que aparece em nossa vista , e sou contra este tipo de vida. Nascemos com duas pernas, dois braços e podemos pensar, É SÉRIO, juro que podemos. Se nos esforçarmos, lá no fundo, não somos só corpo vegetal, somos seres pensantes que aliados a cinco sentidos criam um feixe que liga a alma (e toda sua essência) ao mundo externo (criado por um, ou vários). Nesse contexto eu acho indispensável um objetivo de vida. Porém, ele deve vir sem título e sem desenvolvimento. O fato é que devemos criar cada objetivo ao longo dos dias, sempre APROVEITANDO.

Aproveitar -> Tantos usam (e adoram) essa palavra para demonstrar o quão libertinos seus estilos podem ser, sem saber de fato o que é aproveitar literalmente. Se um dia quiser provar, tente sempre fazer ao contrário daquilo que você faria normalmente. Experimente responder de forma graciosa um assobio na rua, paquere um desconhecido, encare os andantes e converse com policiais, sorria para pessoas feias, apenas APROVEITE. Amanha eu volto, ou não.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Namorado, não!!!!!!

E deu uma gargalhada
a rainha do mar,
da ternura
Ela tinha certeza.

Ela ria de um rio
Enquanto o mar, o mar
Voava ao seu encontro
Ela duvidava dele.

O passo do amor é oco
é interesse
é prazer em cima de teatro
Ela tinha cansado (casado).

O fim da vida se chama
fidelidade:
Fidel, idade.
porque ele?

O namoro fiel
consiste em ser, ops...
Não!
Consiste em deixar de ser
de ser você
para ser de outro
Ela cagou para isso.

Nu na areia

Não havia lanterna
Não era fácil voltar
E tudo era rio
Não havia nada
dessa matéria pura
comprimida na garrafa
por correspondência
do sono

Passeando de bote
na pedra
e uma voz de sono
sem notícias do seu e perguntando
'tens vontade?'

Uma roupa ou um disfarce

Era uma coisa louca
pois a vida podia terminar
antes do amor
eu tenho saudades
da situação, do grupo de estudos,
de um beijo

Era tão irracional
rimar agrados com
cinzeiros abarrotados
(Nossa geração teve pouco tempo
Começou pelo fim).

Uma das verdades

tanto tempo de vida
pelo outro
vontade de continuar dormindo
com ele
costumava relembrar a infância
"tudo aquilo" não deixou
um traço sequer
não me deixava caminhar pela rua
Com um rapaz que eu conhecera
durante toda a minha vida
Era tudo verdade
Gostaria de fumar um cigarro
Teria sido melhor
Há muita coisa contra que lutar
Deixe de tentar ser justa
Agarre tudo aquilo de que necessitar
Ele fará o mesmo com você.

Hoje tem quatro letras e duas sílabas?

Meia noite
Fim. Ínicio.
de outro.
Olho o céu, nenhum indício.

Olho o céu:
o abismo vence o
olhar.
O mesmo espantoso silêncio

da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça:
nada ali indica
que um ano novo começa.

E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no meu coração.

Começa como a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta.

Ouça meus conselhos

me mostrem um outro lado
- os seres humanos me assombram -
olhe fixamente as palavras
abraçe, chore e desabe no chão
sorria, não vai ser tão fácil
vou lhe mostrar uma coisa
continue tocando e, pare.
Acenda um cigarro
levante-se! ainda não!
- o que vocês estão olhando, seus babacas? -
Avance um passo, não corra!
Agora abra a boca e diga:
Eu te amo!

TPM

Eu deixarei o mundo com fúria
não importa o que aparentemente aconteça,
se docemente me retiro.
De fato.
Nesse momento.
Estarão de mim de arrebentando
raízes tão fundas
quanto estes céus brasileiros
Num alarido de gente e ventania
olhos que amei
rostos amigos e verões vividos
para que eu fique
para que eu fique

Não chorarei
Não há soluço maior do que despedir-se da vida.

Olhar

O que eu vejo
me atravessa
como o ar
a ave

O que eu vejo passa
através de mim
quase fica
atrás de mim

O que eu vejo
- a montanha por exemplo
banhada de sol -
me ocupa
e sou então apenas
essa rude pedra iluminada
ou quase
senão fora
saber que a vejo

E o título?

Sou pingente
minhas rimas são interiores
que carregam e descarregam
literal e metaforicamente
descrevem uma parábola no ar.
Isso pouco importa
quando uso a primeira pessoa
para poemas que gosto de chupar bucetas
infelizmente é isso.

Vícios

Em grilos,
Filhos mios.
Do amor vadio, pleno.
Chora a mãe do vazio.

Com o pai.
Do pai dos seus
dos meus, grilos plenos
no ar que já escureceu.

Sorriso nos lábios

Ele dormira logo
era pai e mãe.
Nenhum dos dois havia dito nada.
Estou aqui nesse quarto
Amando um homem que me amava
Construindo paredes nas janelas
por onde penetrava a alegria do sol.
Vi a outra sentada no canto do quarto.
- O amor é sempre novo
é preciso aceitá-lo,
porque ele é o alimento de nossa existência.
E nos salva.

Três vezes assassino

- Diga, por Deus, diga tudo!
Tinham que vasculhar tudo,
os quartos, os armários, as maletas.
O golpe foi duro demais e
é natural que ainda sangre.
As abelhas estão sempre presentes,
o zumbido é forte,
raiva permanente as mantém agitadas.
- Cuidado, muito cuidado!
É necessário sair logo, depressa,
mesmo que não tenha um rumo certo
Tudo aquilo afinal, está realmente acontecendo?
- Que disse?